Monday, January 31, 2011

Uge, semanas

Perdi a noção de quantas coisas eu fiz essa semana... Voltei a fazer ginástica olímpica e tivemos o momento bolo, onde todos cantam uma música engraçada e comem bolo... Eu gosto de ir pra escola, e gosto das minhas colegas. Mas elas são meio bobas comigo às vezes. Elas foram no cinema, todas as meninas da turma juntas e não me convidaram. Eu não fiquei triste, porque tenho poucas amigas dinamarquesas mas amigas de verdade na outra turma... Só que eu me esforço tanto pra ser amiga delas, elas podiam ser um pouquinho mais abertas.
Eu também tive passeio com a AFS pra Hvide Sande (uma praia), foi a chatice, mas foi legal sair um pouco com os intercambistas de copenhague que estavam no mini intercâmbio aqui. E foi assim a semana. Daí chegou o fim de semana e eu fui na festa na casa do Francisco com os outros intercambistas. Comecei a gostar de fazer festa, ficamos atá ás 5 da manhã no bar :P hhiihhi Mas, é importante se divertir também no intercambio... E o mais legal é ouvir as músicas em todas as línguas nessas festas com intercambistas.
Daí veio essa última semana que também foi normal. E na sexta eu e a Anne fomos dirigindo até Onsild, uma cidadezinha 2 horas daqui de carro, onde minha irmã menor está na efterskole. Foi um máximo dirigir com a Anne ouvindo Beatles e conversando. Eu gosto muitooo dela, e sei que ela sente o mesmo por mim.
Mas, eu devaneei olhando as paisagens dinamarquesas. Algumas horas me lembrava de coisas da minha infância, ou de coisas que pareciam ser uma vida minha mas que eu nunca vivi... Lembrei daquela música índios, do legião urbana... Tenho saudades do que eu ainda não fiz... Foi surreal, e o dia estava lindo demais e aquele sol nostálgico! hihihih
Chegando em casa, comemos massa. E logo depois, eu fui patinar sozinha. Foi o lugar mais mágico que eu já vi na vida. Os campos e as árvores de inverso, o sol se pondo atrás do fjord, as pessoas patinando, o rosado do céu refletindo no gelo. Quando eu estava decidindo ir embora, minha mãe chegou e patinamos de Velling até Ringkøbing pelo meio do fjord. Foi muito mágico ver as luzinhas e as casinhas desse novo ponto de vista, do meio da água congelada. O sol estava completamente posto, mas ainda tinha um resto de luminosidade que eu e minha mãe usamos para voltar para casa. Conversamos muito e tivemos um momento ótimo juntas! E também como não seria? A minha mãe descreveu perfeitamente: "Estamos em um mundo surreal!" Eu não conseguia me expressar em dinamarques mas eu queria dizer BAHHHHH! hihihihi
Eu fiz pizza dois dias da semana, fiz pizza de chocolate! Então, to com as mãos cansadas de cozinhar hihihih Fiz 10 pizzas ao total! Mais uma coisa legal, fui painar com os intercambistas, chegou uma menina da Tailândia e levamos ela patinar no fjord. Foi bem divertido.
Mas por mais que eu me de realmente muito bem com minha irmã, ela é meio bipolar às vezes. Ela não fala dinamarques comigo, e ela sabe como isso é importante pra mim. E ela fica braba muito fácil, e boba algumas vezes. Pois é, tivemos algumas brigas essa semana, da parte dela porque eu sou a pessoa muito calma e eu nunca brigo com ninguém aqui na Dinamarca. Isso é uma coisa que eu já tinha e desenvolvi ainda mais, PACIÊNCIA. hihihi Quando você tá em outro país, as diferenças culturais são tantas que temos que aprender a ver o lado dos outros sempre antes do nosso.
Bom, então, esse final de semana fui em uma festa do pijama na casa da Charlotte, uma menina da Suíça. Fui eu , a Cherry (tailandia), Raquel (Brasil) e uma outra menina dos EUA que é do rotari. Fizemos cupcake, comemos bata frita, pizza, conversamos até às 2 da manhã de muita bobagem e nada realmente sério! Foi muito máximo... Mas, antes de eu ir, meu pai teve uma conversa comigo no carro. Eu achei ele muito querido, ele disse que eu sou uma menina maravilhosa por ter essa cabeça tão resolvida e que eu não posso deixar que as pessoas me mudem! Ele disse que tem medo que eu fique com vergonha do jeito que eu sou, porque ele tinha isso quando ele era adolescente. Fiquei lembrando que tem umas amigas minhas que dizem que a minha família são os HIPPIES de Velling. Mas é que eles têm uma cabeça muito aberta, são pessoas maravilhosas... E aí percebi tal família, tal intercâmbista. Fomos a combinação perfeita.
Voltei domingo e assisti jogo de handball com a minha família, era a final, e dinamarca ficou em segundo lugar do mundo! Mas foi triste que eles perderam.
Depois eu e minha irmã e a amiga dela fizemos festa sozinhas porque meus pais sairam de casa e eu estava na DINAMARCA HÁ 6 MESES ontem! Então dançamos muito. Mas hoje eu estava cansada...
Bom, não me entendam errado... Estou amando aqui demais, demais mesmo. Acho que não vou mais me encaixar no Brasil quando eu voltar, porque eu nasci pro MUNDO! Porém, eu sinto saudades da minha família e de algumas amigas especiais... Estes, não há ninguém do mundo que os substitua. Eu tenho a melhor família do mundo no Brasil, e por mais que eu ame minha família dinamarquesa, minha família no Brasil vem em primeiríssimo lugar... Já, se não fosse por eles, eu não sei quando eu ia voltar pro Brasil. Agora, vou aproveitar os últimos 5 meses desse meu sonho e ser MUITOOO feliz!

É isso aí, nos vemos daqui uns dias... Terei que contar sobre a Galla fest, uma festa com vestidos de gala onde dançamos Lanciert e valsa; e também sobre o camp do AFS! ;)

Vi ses!

Thursday, January 20, 2011

Wednesday, January 19, 2011

Mil postagens em uma!

Faz muito tempo que não escrevo porque minhas últimas semanas têm sido corridas. Bom, a Anna veio dormir aqui em casa e foi muito divertido. Assistimos um filme dinamarquês de desenho animado, muito engraçado e macabro ao mesmo tempo. Depois comemos negrinho e pipoca! Assistimos a um documentário sobre animais da África com meu pai... Só a Anna mesmo pra gostar de fazer essas coisas em família que nem eu! E ficamos conversando até às 2 da manhã! Ela é uma amiga maravilhosa. No dia seguinte, ela foi embora a 1 da tarde. E eu fui fazer temas e trabalhos e ajeitar minhas coisas pra viagem. Segunda fui pra aula e a Anna e a Sif me abraçaram bem forte e disseram que iam morrer de saudades! Então, eu realmente tenho pessoas que gostam de mim aqui.
Depois da escola, fui até a casa da Esther, minha família de contato. Conversamos muito em dinamarquês e foi bem divertido. Minha irmã foi me buscar, dirigindo! Naquele dia, ela tava incarnada num menino que ela conheceu no ônibus. Eu tava super nervosa com o mini intercâmbio porque revivi em uma escala muito menor meus medos do intercâmbio há tanto tempo enterrados. Mas, ao em vez de conversarmos, ela queria ficar gritando e falando sobre o guri! hihihihi Tudo bem, ela é exatamente como eu, se empolga e fica meio obcecada... Arrumei minha mala. No dia seguinte, acordei cedo e dei tchau pra minha família. Todos estavam tristes e dizendo que sentiriam muita saudade de mim... E eles realmente estavam tristes. A Anne falou: "Você nunca vai poder ir embora pro Brasil, eu não aguento uma semana longe de ti!". O melhor no mini intercâmbio foi que eu senti DEMAIS que essa é minha casa e minha família. Então, estou me sentindo muito amada aqui.
Pegamos o trem todos os intercambistas juntos, foi uma tarde inteira de viagem. Chegando em copenhague, todas as pessoas foram chamadas pela coordenadora da AFS e abraçaram sua família. Mas, eu fui a última e não tinha ninguém na estação esperando por mim. Eu tinha recebido uma carta da minha família dizendo que todos tinham feito intercâmbio e que minha mãe tinha morado 6 meses no Brasil... Mas, será que eles tinham me esquecid (eu tava meio com medo). Daí a coordenadora virou-se para mim e disse: "E eu sou a sua família!" Foi muito engraçado. Fomos pra casa de trem e depois caminhamos uns 15 minutos.
Minha primeira noite em casa foi tão estranha. Eu estava nervosa, mas já sabia como era ser intercâmbista, então me misturei rapidinho. Meu pai, Henning é farmaceutico e faz remédios pra animais do zoologico, ele não falava muito mas era bem simpático; minha mãe (Kirsten) morou seis meses no Brasil e era muito querida e enérgica, mas não falava português; minha irmã mais velha (Ditte) fez intercâmbio na Venezuela e trabalhava num bar de salsa, o espanhol dela é perfeito; meu irmão mais velho (Jeppe) fez intercâmbio pra Nova Zelândia e eu lembrei dele do acampamento AFS, e ele estava sempre sério e muito chato comigo :/; minha irmãzinha menor era uma fofa, inteligente, querida, enfim, ela pensa do mesmo jeito que eu penso! Gostei demais dela, e ela vai ser intercambista no Brasil daqui a seis meses, quero que ela vá pro sul! :D Ela se chama Emilie. E eu também tive uma cachorrinha, a Frida. Ela era muito querida, mas latia muito também! hihihihi
Bom, jantamos comida vegetariana em minha homenagem! hihihi E daí eu dei um livro do Rio Grande do Sul pra minha família porque todos já viajaram pro Brasil em mais lugares do que eu, então eu queria dar uma coisa que eles não tivessem. E pra Emilie, também dei um caderninho do Brasil pra poder ensiná-la português. Ela amou e aprendeu já muitas coisas, ela é mega inteligente e entusiasmada em aprender outra cultura!
No dia seguinte, acordei cedo e fui junto com a Ditte para uma feira de profissões. Todos os intercambistas tinham que ir pro ginásio, mas como minha irmã tinha feira de profissões eu fui junto. E lá tinham muitas exposições sobre viagens e intercâmbio. Nossa, as pessoas apelavam contando as histórias das viagens. "Bah...durmimos no banheiro de tão bebados!" Sim, eu vou querer viajar com uma agência que diz uma coisa dessas! Mas, desde que eu cheguei em cope no dia anterior meu dinamarques estava PERFEITO! Então entendi tudo. Daí fomos a uma palestra sobre arte e depois eu conheci uma amiga da minha irmã cuja mãe é peruana. Ela foi muito fofa porque ela namora um brasileiro então ela queria me perguntar muitas coisas. Depois peguei ônibus sozinha pra casa. Fiquei um pouco perdida, mas valeu a pena porque conheci mais minha vizinhança. Eu morei em Fredersberg, uma vizinhança que parecia uma cidade dentro de cope. Chegando em casa, eu e a Emilie fomos para o centro de copenhague. Passeamos no Nyhavn e em lojas chiquérrimas de louça com emblema real. Depois encontramos a Raquel e o irmão dela. É que o irmão dela e a minha irmã são "melhores amigos" que não sabem mas se amam. hihihihi Voltamos pra casa, jantamos e ficamos conversando, fui pra capoeira com a minha irmã! Sim, pegamos a bici e fomos até um lugar onde tudo estava escrito em português e todos falavam português perfeito, mas eram dinamarqueses que moraram no Brasil. Eles eram muito bons, e aí um deles se afastou da aula pra me ensinar algumas coisinhas, e eu era a menos brasileira ali. Paguei alto mico, começou a tocar samba e eu dancei! E daí um cara se abaixou pra me pedir pra lutar, mas achei que ele tava dançando e comecei a sambar mais ainda! MICOOOOO! hihihiih Depois voltamos pra casa, graças a Deus!
No segundo dia em copenhague tive que ir até a 9º série e contar sobre o Brasil. Foi ótimo, falei em dinamarquês muito. Mas não foi tão maravilhoso porque eu não lembrava direito. Depois conversamos com alguns da nona série de outra turma, foi muito tri. Saímos todos juntos em copenhague. Voltei pra casa, jantei e fui para o bar de salsa onde minha irmã trabalhava porque era o dia de treino dela. Eu tinha entendido que era tipo aula de salsa e fui com roupa podre, mas era um bar mesmo! Não deu nada, eu dancei e me diverti muito mesmo assim. Veio uma amiga da minha irmã que também trabalha na AFS, todo mundo da minha família e seus contatos trabalham na AFS. E foi estranho porque quando eu cheguei eles eram nossos "professores" e agora eles são meus amigos! :D Virei dinamarquesa! Dancei muita salsa, apesar de ser ruim. Voltamos pra casa meia noite e depois ficamos conversando e comendo em casa até a 1 da manhã.
Quinta saímos todos os intercâmbistas e fomos numa torre redonda em copenhague de onde você pode ver toda a cidade. Foi muito legal e depois fizemos comprinhas!
Sexta fomos no museu, muito gigante! E também visita ao parlamento! E depois mais comprinhas!
Sábado eu e minha mãe passeamos por copenhague. Andamos umas três horas entre o palácio da Rainha, a Pequena Sereia e muitos outros lugares. Se alguém quiser mais detalhes só peça! Eu amo copenhague! É a cidade mais charmosa, aconchegante, perfeita! E foi muito legal me virar nos metros e trens! :D Nós assistimos à troca da guarda, é muito bonito. Os soldadinhos vêm tocando uma música e eles parecem soldadinhos de chumbo! hihihihi Eu amei!
À noite, eu e minha irmã fomos no cinema com a raquel e o irmão dela! Foi mega divertido! Eu amo a minha irmã em cope, ela é a mais fofa!
Domingo fizemos comida! Fizemos polenta e pizza de chocolate. Fui na casa da Raquel e foi uma bagunça, todos ajudando! À noite, tivemos international spisning, cada um com a comida do seu país, e um entertenimento. Eu, Raquel, Priscila e Ana dançamos rebolation e samba junto com minha irmã (pq ela vai pro Brasil) e o Fred (um dinamarques que morou no Brasil). Foi muito engraçado, Brasil contagiou os dinamarqueses.
Segunda fomos para a escola da Emilie (só que ela não tava lá pq foi o dia dela de visita em um Ginásio), então o imão da Raquel nos levou. Não conseguia acreditar no que eu via. A sala era no porão, pra se chegar em outra sala tinha que se passar pela nossa, as paredes eram cobertas de prateleiras sujas cheias de pratos, copos, coisas velhas, livros velhos. Tinham vassouras espalhadas e só umas poucas classes pra muitos alunos. Além do mais tinha um frigobar na sala!!! Tá, a professora chegou 20 minutos depois com cara de quem fumo todas. Daí fomos pra sala dos computadores, depois tivemos que andar mil anos pra chegar na sala de ginástica (era tipo um poliesportivo longe do colégio, mas eles tem que ir e voltar no mesmo dia de aula pro colégio). E aí quando eu achei que a gente ia começar a ter aula, a professora passou um filme. E ela começou a TRICOTAR! no meio do filme! E, para piorar, ela foi até o frigobar, tirou a manteiga e fez sanduíche no meio da aula. Sem falar na música alta na sala ao lado, que devia ser festa. Gente, eu queria ser simpática, mas ninguém foi simpático comigo. E aí eu e a Raquel começamos a falar portugues e RIR demais. A gente não conseguia acreditar naquela situação surreal! hihihihi
Depois da escola fui em um bar com o Vaclav das 4 da tarde até às 2 da manhã e depois voltei pra casa caminhando por copenhague. Foi ótimo, me senti muito livre e foi tudo beleza pra minha família. Eles foram muito legais. Eles disseram: Não tem perigo, aproveita! Amo família de copenhague, tudo pode!
No dia seguinte acordei cedo e me despedi deles. Fiz uma mini gramática pra Emilie e conversamos bastante na hora do almoço, ensinei português pra ela. E aí arrumei minhas coisas, dei tchau para a casa e voltei para minha casa.
Que saudades da minha família. E como eles me receberam bem! Eu sou realmente parte da família agora, me sinto perfeita aqui! AMO AMO AMO AMO ELES! E, principalmente, a Anne. Durante toda a mini uge revi conceitos do meu intercâmbio. Poder chegar na família já falando dinamarques perfeito e já conhecendo como as coisas funcionam me mostrou o quanto eu aprendi. Além do mais, meus irmãos tiveram Camp pros intercambistas que chegaram em janeiro. E lembrei de como tudo era desconhecido quando eu cheguei, e agora eu ali nos bastidores do camp, ajudando a comprar comida pro pessoal recém chegado. E eu dizendo: "Vou voltar pra casa, vou abraçar minha irmã bem forte, que saudades deles!" E falando todos os dias com a minha família por skype... Sim, me refiro à minha segunda família para sempre, minha família dinamarquesa: Família Kirstensen. Eles me consideram uma filha, uma irmã. E eu também os amo muito! Mas, mae no Brasil e pai no Brasil, não fiquem com ciúmes, eu amo vocês mais! :D
Hoje fui num passeio chato pra Hvide Sande com os intercâmbistas de Cope que vieram pra cá. Pois é, agora to morta e ainda tenho que fazer temas... Mas tinha que contar!

é isso aí!
VI SES!

Friday, January 7, 2011

bare skøre filosofi / só filosofia maluca

Andando pelo ginásio e vendo o quanto eu já aprendi esse ano, nunca mais perdida nos esquemas pela internet, nem nos trabalhos... Tenho tantos amigos em várias turmas diferentes, e falo com eles em dinamarquês. O intercâmbio depois de algum tempo vira a sua vida, uma vida normal, eu virei dinamarquesa. Me preocupo com as coisas banais daqui, fico dias sem ver a civilização. Aquela magia inicial passou e eu confundi as coisas. Fiquei lembrando de todas as coisas maravilhosas do Brasil, porque quando eu penso nos momentos banais que também tinha no Brasil fico pior ainda... Porque aí não quero estar em nenhum lugar do mundo. Tive um tempo de saudades forte, e isso é bom por um lado porque agora vou valorizar muito mais as coisas no Brasil, e também vou aproveitar mais meu tempo na própria Dinamarca. Eu amo demais esse país.
Saí com minha amiga Anna na terça, assistimos um filme juntas na casa dela depois da escola. Passei a pensar otimista e todos começaram a ser muito legais comigo de novo. E meu dinamarques melhorou 1000% Passei a entender quase tudo o que as pessoas falam, principalmente na escola. Aprendi sobre os vikings e sobre arte grega e romana. Fiz minha primeira análise artística da minha vida em dinamarques! Sai com meu amigo chileno comer batas fritas e comprar nossa passagem de trem pra copenhaguem.
Vi que o tempo está passando rápido demais. E, ao mesmo tempo que parece que eu já vivi um ano de coisas e aprendi tanto... É normal, às vezes, se senitr perdida e depressiva no intercâmbio. Então, esse é meu conselho para futuros intercâmbistas. Não desista de ser feliz e aproveitar ao máximo seu intercâmbio. E foi por isso que eu criei esse blog, pra que eu possa ver que as páginas cheias de um alegria tão pura( tão cheia de vontade de experimentar o desconhecido que virou tão comum para mim agora) são muito muito mais numerosas que as páginas de tristeza. E aí eu ergo a cabeça e dou aquele sorriso e me esforço pra fazer uma frase perfeita em dinamarques, e as pessoas, o universo, retribui de uma maneira muito carinhosa. Eu estou muito feliz em estar aqui, em ter tido a chance de realizar esse sonho.
Hoje, caminhando para ir patinar, vendo o céu cheio de sol. Parecia que eu estava no verão dinamarques cheio de neve. Peguei meus patins e fui correndo até o fjord. Patinei. Olhei o céu dividido pelo sol e pela lua finíssima. A igreja de mais de 800 anos sempre protegida pela lua, tão pertinho do telhado branco de neve congelada. Respirar esse ar puro. Sei que minha cidade é pacata, mas é uma das mais bonitas da Dinamarca!
Agora estou planejando minha viagem pra copenhague. Vou terça-feira, vai ser um máximo! Vou ter um mini intercâmbio, e já estou sentindo aquele friozinho na barriga de novo por ter que conhecer a minha família. hihihih Vai ser ótimo passar por isso de novo mas com mais experiência e falando a língua, e sabendo que eu vou voltar pra casa e pra Anne hihihi
Isso me assusta um pouco, eu ter que voltar... Como vão ser as coisas? Será que eu vou me acostumar? Aqui sempre tem um encontro AFS, um mini intercâmbio, uma viagem, uma visita de algum amigo intercâmbista... Mas aí no Brasil vou voltar pra realidade... É algo que eu quero demais às vezes, mas outras vezes, quero que meu intercâmbio nunca acabe...
Mas, ele nunca vai acabar. Vou sempre ter a chance de viajar e tentar morar fora... E sei que vou ser feliz onde quer que eu esteja porque tenho muitas pessoas que me amam e que eu amo muito... Posso não aprender tanto assim talvez... Mas uma coisa é certa, eu aprendi a aumentar meu coração para ele abranger o mundo, e ter guardado nele todas as pessoas incríveis que eu conheci aqui!

Tá, tô num momento melodramático! hihhihi

Adoro a todos, conto minhas aventuras em Copenhague e como foi a visita da anna aqui em casa (ela vem amanhã) outro dia...

Vi ses! :D

Monday, January 3, 2011

Saturday, January 1, 2011

Muitassss coisas/ Mangeeee tinge

Primeiramente, Godt nytår alle sammen! Feliz Ano Novo a todos!
Tantas coisas aconteceram nessas férias de natal na Dinamarca; um dos melhores e piores momentos do meu intercâmbio. Vivo essa contradição de amor e vontade de ficar para sempre na Dinamarca, e a vontade imensa de pegar um avião só pra poder curar um pouquinho esse buraco que a saudades abriu em mim. Eu sempre tive a certeza que eu pertencia ao mundo, e mais do que nunca eu sei disso... Eu deixei minha casa aos 17 anos e enfrentei de cara o desafio de morar num outro mundo, porque é quase isso, né? E eu imaginava tudo tão diferente, astronômico...Mas, no fim, as pessoas e os lugares não são tão diferentes assim... E, estou aprendendo agora que o mundo é tão pequeno, é tão fácil conhecer ele, descobrir outras culturas... Mas, eu não preciso idolatrar nada como eu fazia antes, antes quando o mundo era algo impossível de se explorar. E, não sei porque, mas acho que o Brasil vai ter muito mais oportunidades pra mim do que aqui, sei que vou voltar muito feliz por tudo que vivi na Dinamarca mas mais feliz ainda por acreditar no potencial do meu país! Porque, por um bom tempo, eu não quero falar com meus pais só por skype... :/
Bom, falo toda essa introdução, porque as férias me dão muito tempo pra pensar e aí eu filosofo maluquices. E também porque eu descobri o quanto as pessoas me amam aqui e o quanto elas querem que eu fique, e percebi que eu tenho uma vida aqui... É tão estranho pensar que eu conquistei tudo isso em cinco meses, exatos cinco meses.
No dia 26, eu e minha família fomos para Sjælland, ilha de cope (desculpa se está escrito errado). Então, depois de 4 horas sentada no meio das minha duas irmãs porque eu sou muito querida e nunca reclamo, chegamos na casa da irmã do meu pai. Eu tinha dormido muito pouco, afinal eu tinha falado com o Brasil horas na noite anterior. E aí sono = dinamarques ruim. Sono + muitas pessoas falando ao mesmo tempo com sotaques de toda a Dinamarca + vergonha de pessoas desconhecidas = Carina com crise de dinamarques! Comemos o dia inteiro, sem mentira, da uma da tarde até às nove da noite. Conheci um dos meus primos que vai morar no Brasil por um tempo, daí já me empolguei querendo ensinar coisas pra ele, mas ele não tava muito interessado em aprender, é aqueles viajantes que só querem ver as belezas do Brasil mas não estão tão interessados assim na cultura. Foi muito chato e eu só queria estar em casa com a minha mãe, juro, o meu coração tava rachado de saudades. Depois que toda a família foi embora, eu e minha mãe caminhamos na neve. Estava nevando muito e o cenário era tão mágico, fico feliz por ter conhecido lugares tão lindos, a cara da Dinamarca. As casinhas com telhado diferente, tudo escuro, a neve caindo em flocos gigantes, e parece que flutua no ar, tão lindo o jeito que a neve cai. E a neve que fica nas casas naquela camada grossa que parece um desenho de livros de conto de fada, que torna todos os lugares natalinos, que te dá vontade de comer creme. Sim, a neve de verdade é assim mesmo. Eu achava que era invenção dos filmes, mas não, é melhor ainda na realidade.
Voltando pra casa da irmã do meu pai, jogamos muito dominó e falamos muito dinamarques. Ela é muito muito querida. Eu fui dormir no meio da sala de jantar, mas foi muito confortável. Uma vez eu era muito chata pra dormir na casa dos outros, agora durmo em qualquer lugar... é assim que a gente cresce no intercâmbio, a gente não reclama, faz o que precisa fazer. hihihi E minha mãe me ligou de noite e eu fiquei mega glad, muito feliz mesmo! E minha mãe daqui ficou toda emocionada porque eu descobri que ela tem muita empatia com minha mãe do Brasil, e ela não tinha conseguido falar com o filho dela na África então ela tava louca pra que a minha mãe conseguisse falar comigo; fiquei feliz porque ela disse: A gente se fala quase todo dia. Isso quer dizer que eu não preciso ficar escondendo que eu falo muito com meus pais.

No dia seguinte, ficamos conversando, andamos mais um pouco na neve. E daí pegamos o carro. No momento, minha família está passando por uma fase de brigas, então todo mundo fica se criticando e gritando o tempo inteiro. No meio disso tudo, eu me perdi, e achei que a gente tava indo direto pra casa da minha vó. E, do nada, minha mãe me pergunta: O que tu vai querer ver em copenhague? E aí eu fiquei mega feliz, minha primeira vez em copenhague. Chegamos lá e caminhamos muito. Estava muito frio e cheio de neve, o que não é tão bonito em cidade grande porque a neve fica toda suja. Mas, amei copenhague. É uma cidade grande mas com quase todos os prédios antigos e com estilo dinamarques, de tijolinhos. E sabe as estalactites, tem muitas nos telhados, por tudo...E algumas tinham um até dois metros... É, realmente estava frio. Demos uma volta nos pontos principais da cidade, fomos no palácio antigo do rei, no palácio novo (onde tem os soldadinhos com aquele capacete gigante, iguais aos da Inglaterra), fomos no Nyhavn que onde tem as casinhas coloridas com os bares, fomos na rua das compras com muitassss lojas. Mas foi só uma volta por cima, tínhamos apenas 2 horas. E meus pais falaram que eu vou voltar na primavera porque no inverno copenhague não tem graça. Mas vou morar lá uma semana agora em janeiro, no mini intercâmbio, e depois vou em fevereiro com meus pais e na primavera também. Então, vou conhecer København muito bem!
Voltamos para a casa da minha farmor, mãe do meu pai. A casa dela é numa cidadezinha a 30 minutos de cope. Jantamos lá, comemos sobremesa e eu contei pra ela um pouco sobre o Brasil, tinha uma enciclopédia com fotos e tal. Depois caminhamos de noite e fomos até o mar, tinham placas enormes de gelo e o porto estava coberto de neve, era um lugar muito assustador e só de olhar tu se congela. Lá do outro lado eu conseguia ver as luzes, bastante próximas, da Suécia! Eu e Anne dormimos num apartamento sozinhas, ficamos conversando até tarde. Ela disse que me ama demais e que adoraria dividir um quarto comigo quando fossemos morar em cope juntas. E eu percebi o quanto ela gosta de mim, apesar de ela não ter muita paciência com o meu dinamarques. E também minha família fica o tempo todo dizendo que eu não vou voltar, que eu vou ficar aqui, que é fácil eu conseguir uma bolsa. Amo muito eles e sei que eles também me amam. Mas, eu quero voltar pro meu Brasil. Pelo menos, por enquanto, não estou pronta ainda. Entretanto, vou aproveitar demais meus últimos seis meses de Dina!
No dia seguinte, fomos no museu Lousiana, que tinha vista pra Suécia. É um museu lindo e um dos melhores da Dinamarca; tinham exposições lindas. Saindo de lá, dicemos tchau pra farmor e fomos viajar pra casa.
Meus pais largaram eu e a Anne na estação de Fredericia e de lá fomos pra århus. A Anne tava tão empolgada que ela chegava a ser chata. E eu estava, pela primeira vez na vida, fazendo uma coisa muito adolescente; saindo de uma viagem diretamente pra outra sem pensar! E chegamos em aarhus e andamos muito no meio da noite. Fomos num cinema alternativo e o dono do cinema vinha do Panamá e falou muito espanhol comigo! O filme era ótimo, e era muito tri não ter planos ou horários. århus é uma cidade linda, a segunda maior da Dk. Voltamos pra rodoviária, nos arrumamos num banheiro mega pequeno e fomos pra festa! Encontramos o ex da Anne num bar de rock. No início ninguém falava comigo, mas depois conversei com muitas pessoas (em dinamarques) e aí ninguém acreditou que eu era realmente do Brasil. Minha irmã veio me dizer que eles achavam que eu tava me fazendo. Dinamarqueses bêbados + música alta + Carina empolgada pra falar dinamarques = ninguém percebeu meu sotaque! : D Depois de um tempo, a Anne fez o que meus pais tinham proibido, ela ficou bêbada e agarrava todos os caras do bar. Então nós éramos o cetro das atenções no bar, o que foi incrivelmente vergonhoso porque eu não estava bêbada e via os absurdos que ela fazia. Me irritei um pouco, ela tinha me prometido que não ia beber. Mas esse é o problema das dinamarquesas, desculpa generalisar, mas quase todas são assim... Elas bebem e ficam se fazendo! E elas bebem até cair.
Chegamos na casa do ex da Anne ás 5 da manhã. Eu tava podre, dormimos até o meio dia. Eu conversei demais com o namorado dela, ele era muito tri! E a casa era uma casa muito confortável. Antes tava com vergonha de dormir no mesmo quarto e tudo de uma pessoa que eu não conhecia, mas na verdade, ele é aquele tipo de pessoa que parece que tu conhece há anos. O padrasto dele vem do Canadá e ele disse que nunca viu alguém aprender dinamarques tão rápido como eu! Mas, enfim, falamos inglês porque amobos eu e o padrasto não falamos tão rápido assim dansk. Ele fez omelete canadense perfeito pra mim e pra Anne. Amei aquela família, muito legais. Ficamos conversando até às três da tarde; e tomando mate (eles foram pra Argentina e compraram), foi ótimo sentir gostinho de chimarrão!
Saindo de lá fomos para o Aros, museu de arte muito famoso, onde tem aquela escultura de um menino gigante. Eu não sabia que esse era o museu, e daí quando eu olhei pra cima e vi o menino gigante, me emocionei toda. Mas, a minha câmera tava sem bateria, então vocês vão ter que esperar pelas fotos do cel da Anne. Só que a exposição que ali estava era sobre morte, e era muito macabra e bem feita, passei mal. A Anne passou mal também porque não tínhamos jantado na noite anterior e comemos só um ovo de café. Então, voltamos pra casa do Feliz, pegamos nossas coisas e paramos numa pizzria. Conversamos e comemos muito. E na volta pra estação, depois de ter andado o dia inteiro com as nossas malas pesadas e sacos de dormir, passei muito mal. Pegamos o trem e dormimos a viagem inteira. E quando chegamos em Herning, dizia que o trem estava atrasado e na verdade não estava, então perdemos o trem e tivemos que pegar uns três trens pra voltar pra casa. Chegamos meia noite.
Dia 30 fomos pra casa da minha mormor, mãe da minha mãe, pra um outro julefrokost. Falei muito com minha prima, ela vai pra África por dois meses, ela é bem legal.
Dia 31 me arrumei com minha irmã e fomos pra casa dos amigos do meu pai. Eles eram muito legais e a casa estava toda decorada para o ano novo. Aqui eles usam roupas de festa, e quase todo mundo tava de preto! Daí eles se reúnem e assistem ao discurso da rainha, ela lê tudo o que fala, mas minha mãe me garantiu que ela que escreve o prórprio discurso. Tinham 5 pratos e 5 sobremesas. Então comemos demais. As comidas de Ano Novo são coisas com salmão e camarão. Então, não estava tão fã. Cantamos, como sempre, músicas que tu tem que levantar ou baixar dependendo se tu é menino ou menina, casado, bonito, feio, gordo... E também tinha uma brincadeira que tu tinha que passar o pacote de presente pra pessoa que melhor combinava com a frase ali escrita. O presente estava embrulhado em uns vinte papéis. Eu ganhei duas vezes: os dentes mais bonitos (não é difícil, dinamarqueses têm dentes péssimos) e menores pés (também não é difícil, dinamarqueses são gigantes). Saindo de lá, fomos pra casa da Pernille, amiga da Anne. As amigas da Anne são muito queridas, mas estavam todas bebadas. Contamos os minutos pra meia noite e pulamos da cadeira, vimos os fogos, a Anne explodiu nossos fogos. Jogamos vários jogos e conversamos. Depois, fomos pra cidade. Tava lotado de gente nos bares e daí decidimos comer pizza. Nós iríamos dormir na casa da Pernille, mas estávamos muito cansadas, e meus pais não tinham bebido tanto (quando eles bebem muito eles voltam a pé pra casa, cerca de 6 km) e então voltamos pra casa! Dormi das 5 da manhã até às 2 da tarde. Ontem, então, fiz a limpeza geral de início do ano e de noite fizemos panquecas! Assistimos um filme em família, um filme dinamarques muito bom. E depois comemos um doce que minha mãe fez que é muito parecido com a bombinha da Stella!
Hoje fui patinar com a minha mãe, foi ótimo, conversamos muito. E depois conversei com meu pai sobre copenhague. Então, me senti menos triste, eu gosto demais daqui. Só estou assustada que as aulas vão começar de novo.
E, mesmo estando melhor, não consigo deixar de sentir saudades...

Bom, é isso aí... Desculpa escrever tanto, escrevo mais pra mim do que pra vocês, então vocês não perdem nada se não lerem. hihihih

Vi ses! :D