Friday, November 11, 2011

RETORNO

Gente, retornei depois de meses desaparecida! Sou apaixonada por escrever, como vocês sabem e, mesmo agora depois de meses, tenho recebido e-mails de pessoas que leem meu blog. Me disseram para eu continuar escrevendo pois meu intercambio é eterno e ele nunca acaba. Eu sei de tudo isso, eu sempre soube e eu amo escrever aqui! Entretanto, o tempo no Brasil, a vida, a dimensão das coisas aqui são muito diferentes, aqui o tempo voa, eu faço mil coisas em um dia e eu não paro. Na Dinamarca, eu estava a em introspecção, foi quase uma viagem a mim mesma e escrever aqui quase que semanalmente, era parte dessas reflexões. Hoje estou em um momento muito introspectivo e louca para contar as novidades! E achei um tempinho para isso.
Resumindo: primeiros dois meses eu me sentia perdida. Eu me sentia muito sozinha, sem pátria, eu amava a Dinamarca e no segundo seguinte estava feliz de estar de volta ao Brasil. Eu chorava facilmente, estava mais irritada, não conseguia me conformar com quem eu era. Nesse período e escrevia um diário e, lendo agora, vejo o quão perturbada eu estava. Era difícil e ao mesmo tempo fácil estar com a minha família e amigos. Eu me agarrei a várias coisas para explicar algo muito maior: adaptação. Se adaptar à casa da gente é ainda pior, você é brasileiro, não tem uma desculpa para saber como se portar. Bem, até hoje, quatro meses depois, eu levo meu prato de volta para a cozinha do restaurante do Cursinho, pois eu estava acostumada com isso! Perdi amigas, eu sinto isso, e essa é a parte mais triste. Mas, eu não me importo tanto assim, pois ganhei outros, ganhei mais prioridades. E o processo de perda de uma amizade é lento, não te impacta tanto. Acho que voltei para os verdadeiros amigos, entretanto, às vezes ainda me sinto muito sozinha. E, nessas horas lembro de meus amigos da Dinamarca e como eles se preocupavam comigo e como eu tinha gente ao redor de mim o tempo inteiro.
Voltando ao "resumo". Tentei validar meu ano, fui atrás de todos os documentos, enviei para o conselho estadual. Enquanto esperava, iniciei as aulas da auto-escola e retomei com o teatro na minha companhia ATOR COM MENTA, minha primeira semana no Brasil e já entrei nos ensaios da peça! Rever as pessoas é um processo estranho, alguns amam você e dizem que está igual, outros dizem como você ficou linda, outros não querem mais saber de você. Eu começava a chorar por motivos idiotas e no final, sabiam que era porque eu queria estar com a Anne ou a Charlotte. Meus dois primeiros meses eu sentia saudades da Anne 24 horas. Mas ao mesmo tempo, você não quer voltar pra lá, porque voltar é mais adaptação, mais saudades do Brasil tudo de novo. Eu queria estar no limbo, é essa a sensação da adaptação. Mas sai muitooo com meus amigos, isso foi bom. E aproveitei bastante minha família. Nessa época, eu falava muito com a Dinamarca, lia em dinamarquês. Porém, eu tinha muito medo, medo de que fosse estranho falar com minha família.
Nesse meio tempo, descobri que não validariam meu ano por eu não ter ficado no terceiro ano lá na Dinamarca, todo meu esforço por nada. Entrei em crise, eu teria de voltar mais seis meses pro colégio, ou fazer 13 provas finais sem professor estudando por conta. Escolhi a última opção e chorei uma noite inteira ante essa perspectiva. Estudei muito, com a ajuda de amigos para as matérias mais difíceis e, em dois meses passei de ano! Nem acreditei, fiquei orgulhosa de mim. Ou seja, três meses depois de voltar eu já tinha:
-Passado em 13 provas finais sem professor, estudando em casa
-Passado na prova da auto-escola, ganhado a carteira de motorista!
-Com uma peça de teatro quase pronta
-Me inscrito no vestibular da UFRGS
-Ter feito um trabalho de pesquisa teórica e prática sobre Otelo e Emília e feito o monólogo de Emília para a minha prova de Habilidade Específica da UFRGS (a primeira parte do vestibular, para qual eu estava tão nervosa. A rpova foi ótima, fiz meu monólogo, minha improvisação com frase que eles me deram na hora e ainda uma entrevista sobre a obra. Senti que as professoras julgadoras gostaram de mim, perguntaram se eu já trabalhava com teatro. RESULTADO= APROVADA)
-Iniciei um mês de cursinho para passar na segunda parte da prova, a parte teórica em janeiro.
-Enviei ,eu livro para o Prêmio SESC de Literatura. O livro já estava pronto, cheguei no Brasil, o corregi e duas semanas depois de ter voltado já tinha enviado.
-Fiz uma oficina de dança contemporânea incrível, porém muito difícil.
-Me inscrevi para uma oficina de teatro do melhor grupo de pesquisa teatral do país,o LUME. Carlos Simioni, o ator que nos dá essa oficina, trabalha na Dinamarca com um dos melhores teatrólogos, Eugênio Barba, no Odin Teater, um sonho para qualquer um. E quando eu estava lá eu não sabia disso! E a sede do Odin é em Holstebro e esse cara, o Carlos Simioni, já tinha apresentado até em Ringkoebing! Enquanto eu estava lá! Descobri tudo isso hoje e fiquei indignada! hahaha
-Iniciei meu trabalho como voluntária ativa do AFS desde a primeira semana de Brasil, dando aula de português para os intercambistas 4 horas por semana (já fiz amizade com eles!). Mas, eles parecem tão imaturos para mim agora. Eu vejo a Carina insegura de meses atrás, e de tanto explicar esses processos e escrever no blog e refletir, eu já cansei um pouco dessa excitação do intercambio. Não me emociono mais de ouvir diversar línguas, de falar sobre intercambio, pois essa virou minha rotina, virou um pedaço da minha vida. Não sei se isso é bom, acho que é, quer dizer que o meu intercambio nunca vai acabar, tanto que eu continuo vivendo as diferenças culturais. Não sei explicar o que mudou, eu cresci, é isso. Acho que cresci muito desde que cheguei ao Brasil, não tive tempo de sofrer muito.
Isso é uma coisa que eu queria falar, minha vida aqui se tornou cheia de projetos e possibilidades. Minha vida voltou a uma rotina, mas uma rotina moldada por mim. Isso foi muito difícil, pois eu tenho muito pouco tempo. E então, há trocas, posso ter tido sorte de ter conseguido e batalhado por tudo que queria. Entratanto, não falo mais muito com a dinamarca, meu dinamarques está ficando ruim. Vocês vão me dizer: Não deixa isso acontecer, Cari!" Eu sei, eu me sinto horrível muitas vezes, a única coisa que eu pude trazer de lá foi a língua e o orgulho de ser dinamarquesa, e estou perdendo a língua! Eu me sinto morrendo de saudades, querendo estar lá e ao mesmo tempo com um medo enorme de falar com as pessoas, com uma vontade de estar aqui. E eu respondo a mim mesma que eu não posso me cobrar esse contato, porque agora eu tenho uma vida, eu tenho objetivos, horários que me separam deles por 5 horas e um mundo diferente, onde eles tem horários menos apertados que os meus. Eu estava me matando para falar com eles, mas não era recíproco. E aí? Sei que eles me amam, sei que quando eu volta, por mais que eu tema que seja estranho, vai ser o mesmo. Porém, quando o intercambio é a sua vida, você aprende que quando você está em uma dimensão, não se consegue ter muito contato com a outra, se perde a outra. Tem dias que eu quero resgatar a Dinamarca, eu me orgulho de ter ido para lá, eu me sinto um lixo de perder dinamarques. Mas, vocês acham que eu não fico horas online esperando a anne ou alguém e ninguém aparece? Estava quase certo que a Anne vinha em fevereiro, ela não responde minhas mensagens mais para confirmar. Eu me sinto perdida ainda. Não na minha vida aqui, amo minha vida. Essa semana a oficina do Simioni me deixou ainda mais encantada com teatro, ainda mais por eu ter conseguido a vaga entre somente profissionais do teatro. Amanhã é minha estréia da peça IM-PULsAR. Fiquei triste que vou ter que faltar um dia de oficina para me apresentar, mas eu aprendi isso no intercambio, não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo. Guardo a Dinamarca com demasiado amor e carinho, eu tenho muita saudade, mas uma saudade que eu não percebo que está ali e que eu só acordo às vezes, pois quando o faço me sinto mal. Eu aprendi que o certo é eu viver aqui, não que lá tenha acabado, não é nada disso. É só que a gente precisa crescer e deixar coisas para trás, mas sempre retornar a elas quando puder. Eu amo estar de volta, e mesmo quando eu estava lá, minha cabeça ficava muito no Brasil. Minha conclusão: NADA É COMO A CASA DA GENTE! Ninguém é como nossa mãe de verdade, nosso cachorro, nossa cama, nossos sonhos que começam a se construir daqui. Eu não conto para ninguém que eu morei um ano fora se não me perguntam, mas às vezes me sinto tão especial por ter 18 anos e já trabalhar ativamente nessa organização maravilhosa da AFS e me meter em cursos de teatro e peças bem avançadas. Não sei, eu aprendi isso no meu intercambio, a deixar a cara a bater e se jogar, afinal, lá eu não tinha no que me agarrar, e uso isso para a minha vida agora. Eu me joguei nas provas, no livro, nas oficinas, na minha vida aqui. Mas, ainda assim, quando eu posso falar com alguém que conhece a Dinamarca, meu coração dá um pulo e se enche de orgulho. FORDI JEG VIL VAERE ALTID DANSKER! PORQUE EU VOU SER SEMPRE DINAMARQUESA!
Quanto minha família, cachorro e namorado, tudo está perfeito. Eu voltei com meu namorado quando nossas cabeças se acostumaram com o fato de que não nos falávamos mais por skype, estamos muito bem. Nos amamos ainda mais, e estamos com a relação ainda mais sólida agora. Eu acho que a gente nunca se separou realmente, eu sempre tive muita conexão com ele. Foi bom ter esse tempo para nos descobrirmos. Mesmo assim, vamos fingir que nunca nos separamos, porque daí dia 29 de fevereiro de 2012 vamos comemorar nosso 4º ou 1º aniversário de namoro! :D
Gente, vou escrever assim que der sobre como está sendo legal fazer parte da AFS aqui, ir em reuniões, encontros, ser profe e amiga e ver como as coisas mudam, como a gente muda e enxerga neles uma situação óbvia que já vivemos tanto! hhahaha
Me desejem MERDA pra peça amanhã! Tchauu Hej hej

Wednesday, July 6, 2011

FARVEL DANMARK/ ADEUS DINAMARCA

Faz tanto tempo que eu não escrevo, e agora estou escrevendo meu primeiro post de volta ao Brasil. A todos os futuros intercambistas que estão lendo, quero demais poder entrar em contato com vocês e ajudá-los, porque sinto que esse meu sonho nunca vai realmente acabar, para sempre serei metade dinamarquesa e intercambista e quero ajudá-los a realizar esse sonho que eu tanto esperava e agora já aconteceu! Aproveitem, gente. O início é difícil e não se curte muito, mas vocês vão conseguir superar a saudades. Agora, o adeus a Dinamarca é a parte mais difícil, triste, perturbadora. hahaha
Por onde eu começo? A minha última semana no país dos contos de fada, da liberdade, da perfeição. O país que eu demorei uns quatro meses para consegui fazer amigos, aprender a língua e cultura. E depois, o país que se tornou minha casa, os amigos que se tornarão meus melhores amigos de toda a vida.
Eu nem lembro direito o que escrevi ou não. Sei que me despedi de tantas pessoas importantes para mim, do meu ginásio, da minha casa, da minha vida por um ano. E senti tanto medo de voltar, eu tinha ataques de choro durante a noite. Sei que eu posso parecer exagerada, mas se sente uma dor tão forte em saber que é a última vez que você vai dar um abraço na sua amigona, e não se sabe quando você vai vê-la de novo. A Anna e a Annika foram me ajudar a arrumar as malas, fizemos negrinhos e nos divertimos muito. Dei muitos presentinhos pra elas, e elas já me ligaram dizendo que pensam em mim quando olham para os presentes. Depois disso, a turma da Anne veio de carruagem (lá, a tradição é ir de carruagem com toda a turma nas casas de todos da turma por uma meia hora para comer e beber). Então, com a carruagem toda decorada eles foram até minha casa. Nós enfeitamos toda a casa e eu fiz negrinhos, todos amaram. Depois que eles foram embora eu arrumei minhas malas e tive outros tantos ataques de choro.
Sábado a noite, cantamos mil canções dinamarquesas. Foi ótimo! E minha mãe do Brasil falou com minha família na Dinamarca, senti-me completa por ter as minhas duas famílias tão amigas. Eu disse boa noite a uma da manhã e a Anne dormiu comigo, tive diversos ataques de choro novamente hahahah. Na manhã seguinte, pegamos o carro e fomos até cope onde eles me largaram no camp. Mas, no carro eles cantaram músicas lindas para mim e conversamos e rimos. Eu estava tão nervosa, meu ano se foi! E então, ao chegarmos no camp, sentamos na grama e conversamos. Na hora de dizer adeus, minha família me deu um abraço em grupo e começou a gritar FAMILIE KRISTENSEN! Eles são a família mais louca e maravilhosa, nós combinamos perfeitamente como família. Não dissemos adeus, e sim até logo. Foi como se eu fosse voltar amanhã. Minha mãe disse: Uma vez membro da família, para sempre membro da família. Tuas roupas estão aqui no armário te esperando. :) Chorei tanto. E aí eles deram duas voltas ao redor do estacionamento abanando as havainas e gritando meu nome. O último abraço foi tão forte. Entrei no camp, abracei a Cherry e chorei todas as tristezas.
Logo após, tivemos que escrever uma carta para nós mesmos no futuro. Você sabe como eu amo escrever, mas não consegui, só queria chorar, assim como todos os outros intercambistas. Foi o único camp, sem ser o primeiro, que pudemos ver todos os intercambistas na Dk, e por isso foi o melhor porque já tínhamos tantos amigos. Mas, foi o mais triste, porque dissemos tchau a todos que amamos. Fiquei muito tempo com vaclav, francisco e charlotte e também com as pessoas do meu comitê, minhas amigas da frança e da hungria.
Era a mesma escola e as mesmas pessoas do primeiro acampamento, e então tudo relembrava a nossa chegada, a nossa estaca zero. Tinha muito medo de esquecer meu ano quando eu voltasse, mas isso nunca vai acontecer. O único problema, é que só faz uma semana que eu cheguei e já parece um sonho, mesmo que eu fale com meus amigos e família da Dinamarca todos os dias.
Ás três da manhã foi o primeiro grupo embora, os bolivianos. Todos nós esperamos acordados para nos despedir, então choramos mais meia hora e abraçamos todos os nossos amigos. E foi assim a cada hora, a cada hora tínhamos que dizer adeus a alguém especial e todos ficavam tão tristes. E eu sabia que minha hora ia chegar, eu não dormi nada aquela noite.
Meu último abraço na Charlotte foi terrível, eu senti que ia desmaiar. Ás três, eu disse adeus ao acampamento e vi meu amigo maluco da Hungria chorando! Cara, ele é a pessoa mais feliz que eu conheço, mas me abraçou tão desesperado! E lá fui eu e os brasileiros e chilenos ao som das palmas.
No aeroporto, contra as regras da AFS, minha irma que estava no Roskilde (um festival de rock perto de cope) foi me dar tchau. A gente ficou cantando músicas e todos ficavam olhando as duas louquinhas abraçadas. E então, começou a parte mais difícil, o trio se desfez. O Francisco nos deu adeus. E eu tentei sorrir, mas as lágrimas vinham tão fortes. E aí, eu estava sozinha com os brasileiros, minha mana e vaci. Ficamos os três de mãos dadas, conversando como se nada tivesse acontecendo. E então, veio o momento final, a fila estava acabando, eu tinha que entrar pro portão de embarque e eu disse: "É AGORA!" E o Vaci disse que não e me abraçou tão forte e ficou com o rosto no meu ombro chorando, eu nunca vi ele chorar, ele disse que foi a primeira vez em três anos que ele conseguiu chorar. E eu abracei minha irmã, e eu quase cai. As duas pessoas das três que eu mais tinha medo de dizer tchau estavam ali. E eles seguravam na minha mão e não me soltavam. Eu não sei da onde eu tirei a coragem, todos estavam atrasados por minha causa, eu soltei a mão deles e fui. Fui despedaçada, partida ao meio, virando pra trás e vendo a expressão deles de vazio. VAZIO. Isso é a perfeita descrição, UM BURACO NEGRO NO PEITO. Ver a Dinamarca, o meu país, ficando pequeno lá embaixo enquanto o avião sobe foi um dos momentos mais tristes do meu intercambio. Eu me sinto metade dinamarquesa, a Dinamarca é a minha casa agora. Eu sinto tanta saudades!
Chegar no Brasil foi emocionante. Não há nada como a família de verdade da gente, e minha saudade era tanta que eu chorei ao ver minha família. Eu acho que eu desidratei de tanto chorar ao total dessa última semana.
Cheguei em casa e toda a família da minha mãe me esperava e foi ótimo ver todos novamente. Eu estava muito feliz, cheia de adrenalina por estar em casa e matar a saudades. Minha cachorrinha me lambeu tanto, senti que ela estava sofrendo de saudades!
Mas, agora esse entusiasmo passou, e eu não estou mais acostumada com o jeito brasileiro, essa rotina pesada, esse estresse, essa falta de segurança... Eu sinto falta de tudo lá, mas ao mesmo tempo amo estar com minha família e amigos daqui. É como se eu nunca estivesse completa. As pessoas dizem que eu tenho que ir atrás dos meus sonhos aqui, mas eu não consigo pensar só no aqui quando eu quero também o lá. Todos dizem que eu tenho que me focar, que é difícil voltar. Mas eu quero poder visitar minha família e amigos todos os anos, a europa virou minha terra também. Não sei como explicar, as pessoas aqui acham que viajar é impossível e ficam me botando para baixo no momento que eu mais preciso acreditar que essa saudades insuportável vai logo passar.
Para vocês, futuros intercambistas, verem como adaptação no país de origem não é fácil. Desculpem meu pessismismo, mas escrever aqui foi tão difícil, doeu relembrar a parte mais dura do intercambio e também a que você percebe o quanto você conquistou nesse ano: uma VIDA!
Vou continuar escrevendo minha adaptação. Eu já estou falando com minha dansk familie todos os dias e é como se ainda estívessemos juntos na mesma sala, amo skype! Pois é, mais novidades posto aqui.
Me escrevam perguntas e se quiserem posso até ensinar um pouco de dinamarquês pra galera que tá indo! Eu moro no sul do Brasil, se alguém é daqui e quiser me contatar sinta-se a vontade! O meu sonho agora é ajudar futuros intercambistas a realizarem a melhor coisa que eles podem fazer na vida: conhecer o mundo!

Friday, June 24, 2011

As últimas

Não há como descrever a penúltima noite no país que você mais ama, com uma família maravilhosa, com amigos perfeitos... Uma vida em um ano, aprender tão rápido a ser parte de um país. No meio do intercambio, parece que o tempo passa tão devagar, porque você já aprendeu tanto e tem tanto mais a aprender. Mas, agora, eu só consigo ver o quanto eu sonhei por esse momento, relembro o meu adeus ao Brasil. E agora tenho que dizer adeus ao meu sonho, que foi melhor do que eu imaginara! Foi perfeito, eu aprendi e cresci milhões de anos em um. Eu sai para o mundo, e agora os países todos são tão perto e tão possóveis, pois meus amigos estão lá, espalhados pelo mundo. É tão triste saber que eu nunca os terei reunidos novamente na Dinamarca, na mesma festa, no mesmo camp, no mesmo jantar com as nossas famílias dinamarquesas. É muito triste saber que eu não irei mais ao ginásio, não verei metade das minhas amigas danesas por muito tempo. Eu tenho um buraco em meu peito pela saudades antecipadas desse tempo que vai ficar intocado como o tempo de maior aprendizado sobre mim mesma e o mundo, o tempo onde meus sonhos viraram realidade. Eu me sinto em casa, todos me amam e eu não sabia. Tempos de despedida revelam o que as pessoas veem sobre nós. E foi tão bonito ouvir dos meus professores, colegas e da minha família que eu trago alegria para as pessoas, que eu as faço acreditar nos sonhos e na vida. Minha irmã falou que não é justo eu ir embora, que até mesmo pessoas que acabaram de me conhecer já sentem saudades, ela acha que não aguenta... Como eu vou poder dizer tchau sem saber quando vou poder voltar para a minha Dinamarca? Eu não aguento. Mas, por outro lado, tenho tanta alegria em mim, quero explodir de tanta felicidade por presenciar a beleza de um intercambio, por ter tido essa experiencia e apreciá-la ao máximo.
Minhas últimas semanas foram muito puxadas. Eu comecei a trabalhar na FRISKOLE (escola de ensino fundamental), todas as crianças lá me amam e eu amo elas também. Lembrei muito da minha infância lá, e brinquei tanto! E passei muito tempo com chico, minha irmã, festas, família... Pois é...
Minhas colegas fizeram uma festa surpresa para mim! Toda a turma veio me dizer adeus na porta da minha casa! Eles me levaram para o salão de festas e fizeram pizza. Eu fiz um mousse de sobremesa, ficou delicioso. Eles me deram uma pulseira, um livro onde toda a turma escreveu e uma camiseta com a foto da turma. Fiquei tão feliz, mas descobri que não sei dizer tchau. Eu falo até logo, chego em casa e choro.
Também essa semana fui em minha última festa com vaci, chico e charlotte. Foi ótimo chill out depois da festa, fazendo panquecas e pizza. E a noite Anna e Annika vieram dormir na minha casa, foi a melhor noite do pijama, eu ganhei um livro lindo do H.C Andersen. Eu amo meus amigos aqui!
Essa semana, Anne teve a dimission dela, é a formatura. Então terça, toda a família (vó e nós) fomos no colégio com cidra, bolo, pãozinhos e entramos na sala onde ela fazia o último exame oral (aqui o sistema é complicado, explico outra hora) e ela tirou 10! Daí comemos e depois batemos fotos. Fomos em um restaurante com toda a família. E hoje fomos na formatura de verdade, onde cantamos músicas dinamarquesas, o diretor fez discurso e depois todos os estudantes andaram na carruagem, visitando todas as famílias dos colegas e comendo o dia inteiro. A Anne voltou muito consada para casa daí, e me viu fazendo as malas... Choramos tanto! Bom, hoje comecei e acabei as malas e presentes e chorei de me lavar por ver meu quartinho não ser mais meu, sem posters, sem fotos. Minha mãe quer que eu deixe coisas aqui, ela falou que essa é minha casa para sempre! Minha tia veio almoçar com a gente, ela escreveu que eu serei da família para sempre, que ela sentirá saudades, e me deu uma minissérie dinamarquesa. Eu não sabia que as pessoas gostavam tanto de mim e que eu gostava tanto de ficar com elas, falar por horas se eu pudesse. Hoje também disse tchau na friskole, foi lindo cantarmos todos juntos músicas dinamarquesas. Essa cultura tem um poder sobre mim. Também me despedi do meu amigo søren e da minha contct family... Pois é, dia puxado, muito feliz e muito triste...
Nem sei mais o que escrever, estou cansada. Todos vão para o camp amanhã, eu queria tanto estar lá. Mas, minha família quer me dirigir e eles não tem tempo amanhã, então irei domingo. Um dia a menos com amigos que amo, mas um dia a mais com uma família que amo. Não sei descrever o que sinto e penso, não acredito que não estarei mais aqui. Amo a Dinamarca profundamente, amo falar essa língua, amo o jeito como as pessoas ajudam umas as outras e todos acreditam no lado bom das pessoas, amo a segurança, a LIBERDADE, a mente aberta...
Esqueci de contar que Vaci, Chico e eu fomos em um jogo de futebol da República Tcheca, me senti tão tcheca torcendo pra eles. Acabamos perdendo o trem, perdendo pra Suíça o jogo e ficando desesperados por um modo como voltar para casa. Encontramos um homem que trabalhava para a companhia de trem, ele fez umas ligações e nos deu taxi de graça para casa, 300 reais de taxi!
Esqueci de contar que tenho ido muito a praia com meus pais também. Fui em uma última viagem para århus com vaclav e vimos mil museus e lojas e eu gosto tanto dele! Também fui em uma viagem com minha mana para Ribe, a cidade mais antiga e charmosa da Dinamarca. Fomos no museu viking e de história da arte... Foi tão legal! Comemos massa ema daquelas ruas estreitas de casas pequenas de contos de fada, Ribe é um conto de fada! A igreja tem 1300 anos e para subir na torre se passe por um lugar muito assustador, as escadas são estreitas e venta muito! Chegamos em casa e tinha o dia de San Hans, o dia em que o sol baixa a meia noite, mas na verdade nunca baixa mesmo. Foi lindo! Todos se reunem na vila, acendem a fogueira perto do fjord, assam pãozinho na fogueira e cantam...
Eu vivi tanta coisa esse ano, e ainda assim na última semana há ainda mais tradições para aprender e mais pessoas a conhecer e tanta alegria. E o buraco o coração por saber que toda essa gente, que todo o mundo que eu carreguei esse ano vai se tornar a minha realidade brasileira novamente. Eu me abri para o mundo e nunca mais me fecharei... Eu vou amar voltar para casa, mas agora eu tenho duas casas para voltar!
Conto no avião como foi o adeus final e o camp. :)

Sunday, June 5, 2011

Sidste måned/ Último mês - Del 1/ Parte 1

Meus irmãos! Vaci, eu e Chico no parque em Tarm (foto tirada hoje)
Vaci e Chico brincando de palminha

Vaclav em Varde
Aquário na legolândia com Søren, eu e Chico
Chico e eu na Legolândia, Nyhavn
Hermione (NZ), eu e carinha da polonia
Manisa, Non, Cherry e eu no deserto
Vaci jogando tênis


Bom, não sei bem o que escrevi ou não. Vou pela ordem de sentimentos. Teve um dia que eu estava passeando ao redor do fjord e me senti quando eu era uma criança e estava pesseando pela minha chácara nas minhas aventuras. Não é que fui parar em um lugar tão floresta e não sabia como sair e, de repente, ouvi um barulho e vi uma raposa entrando em sua toca muito rápida. Fui andando devagar, e deparei-me com os bebês raposa mais lindos e fofos. Eles estavam tão assustados. Mas, justo eu, a pessoa que mais ama a natureza no mundo, nunca faria nada a eles! E, saindo de lá, enxerguei o fjord de águas azuis e o céu rosado por causa do sol, e um bambi correndo nos campos. Senti uma felicidade tão pura, não importa onde eu estiver sei que vou ser feliz por saber que a vida é tão bela. E todos nós temos uma conexão com as pessoas que amamos, vou levar poucas pessoas desse intercâmbio para a vida toda, mas sei que, com essas pessoas, a minha conexão será eterna. Eu mudei a vida de muita gente aqui, e muita gente mudou a minha vida, o meu jeito de ver o mundo... E eu senti o poder da amizade e o poder de ter uma irmã de mentirinha que se tornou uma irmã de verdade!
Fatos importantes: sábado passado tivemos a viagem da AFS para Skagens com vários intercâmbistas. Fiz um amigo da Polônia e uma amiga da Nova Zelândia que se chama Hermione! Ela é muito doce, adorei ela! É estranho como intercambistas ficam amigos uns dos outros rapidamente. A viagem foi até a ponta norte da Dinamarca, um lugar onde o oceano atlântico e o mar do norte se encontram, e tem uma cidade com casinhas amarelas. Também fomos para o maior deserto da Dinamarca, um lugar com umas dunas gigantes, a paisagem era meio do filme Crepúsculo, mas era bonito demais. Também vimos um lago que era todo escuro e somente uma parte era verde água. Enfim, andamos embaixo de chuva e frio, vimos o que faltava ver da Dinamarca (agora já vi quase tudo :)) e conversamos muito com nossos amigos intercambistas sobre o nosso inetrcambio perfeito e como vamos sentir saudades. Cheguei em casa tarde e dormi. Dia seguinte fui para Legolândia com Francisco, a mãe dele e o Søren (meu colega dinamarques). A Legolândia é um máximo, parece um mini mundo mas muito melhor. Fomos na exposição sobre a Dinamarca e vários países do mundo, também vimos a exposição do Star Wars, andamos na montanha russa, o Chico e eu fomos em um robo que girava a gente de diversas maneiras dependendo do que a gente tinha programado em um chipe... Também fomos em um aquário no qual entrávamos dentro de um túnel e podiamos ver os peixes mais coloridos e de todos os tamanhos nadar em cima da gente! A mãe do chico fez sanduíche e fizemos um piquinique. Voltamos para casa encharcados de chuva, os dias estavam feios na Dk.
Terça foi meu último dia de aula, joguei baseball com as minhas colegas, elas estão muito queridas comigo. E aí me deu a depressão de estar no ginásio pela última vez. Mas não me despedi de ninguém, ainda temos a cerimônia de acabamento dia 24. Então foi um dia normal e depois fomos eu, Søren, Francisco e Manisa comer batata frita e sorvete.
Quinta-feira fomos eu, Vaci, Francisco e Søren para a última festa da AFS. Foi perfeita, maluca e eu amo todos os intercambistas e todos me amam! ahahah Sei que é exagero, mas é verdade, essa festa foi como um adeus e nós nos abrimos para os nossos amigos. Dia seguinte voltei para casa, dormi, jantei com a minha família e tive um ótimo dia com eles, comemos bolo e conversamos muito. Ontem, fui no cinema com o Vaci em Varde. Assistimos um filme de um diretor dinamarques mas famoso no mundo inteiro: Melancolia. E depois tomamos cerveja, comemos pizza e nachos. Eu amo o Vaclav, ele é maravilhoso, é um irmão. E então ele me disse que o mais difícil de dizer tchau na Dinamarca vai ser dizer tchau pra mim e pro Chico. E, eu sinto o mesmo, mas boto minha irmã como um plus. Cheguei na estação de trem e eu verifiquei os horários errado e minha família ficou muito braba comigo porque eu não tinha como voltar pra casa. Então dormi no vaci, ele foi um anjo, me esperou chegar na casa dele duas horas depois (o tempo que o taxi demorou pra me buscar), arrumou cama pra mim e me deu até escova de dentes. E hoje, acordamos tarde, tomamos café da manhã, cortei o cabelo dele e depois encontramos o Francisco em um parque, tomamos cerveja, comemos sorvete... Mas nada fazia o calor passar! :/ Cheguei em casa, depois de andar de bicicleta meia hora, morrendo de medo da reação dos meus pais. Mas eles sorriram muito felizes por me ver de volta em casa e foi quando eu percebi que eles são realmente minha família e por mais que eu faça coisas erradas eles me amam. Pedi mil desculpas e ele me explicaram que eu tenho que ser mais organizada. Mas, me sinto tão bem agora...
Eu tenho pensado muito na minha infância ultimamente, o sol me faz lembrar do Brasil, da casa de praia. O estranho é que eu nunca penso muito na minha casa, sempre que senti saudades do Brasil durante todo o meu intercâmbio, eu senti saudades da casa da praia. Eu também tenho pensado muito na minha vida aqui, é como se eu tivesse passado anos em uma outra vida e agora regressasse a original. Final de intercâmbio é mágico, feliz pois se aproveita cada minuto, triste pois se pensa na saudades... Enfim, é perturbador. Quero parar de pensar no como vai ser, na saudades que eu vou sentir, no como eu amo esse país, a minha liberdade, as pessoas... O como eu amo quem eu sou agora, e no que eu me transformei, nos desafios que eu superei, no tanto que eu aprendi...
Pois bem, meu intercâmbio valeu cada centavo, e vou levá-lo dentro de mim.

É isso aí por agora. Vou começar meu trabalho voluntário amanhã na Velling Friskole, um tipo especial de escola de ensino fundamental. Explico mais com o tempo.

Vi ses!

Friday, May 27, 2011

Maj / Maio

Minha irmã e eu em århus
Minha família em um típico passeio pelo fjord
Eu, Cherry e Francisco a beira do fjord
Eu e Cherry no jardim da minha casa
Festival de música com minhas amigas francesas
Festa a fantasia com um amigo dinamarques, Vaci e eu de pirata
Manisa em minha casa antes da festa a fantasia

Muitas coisas aconteceram nessas últimas semanas. Não consegui escrever com mais tanta freqüência, pois tenho que aproveitar cada segundo do meu último mês na Dk. Tive minha primeira aula de zumba na Dinamarca, a professora era muito boa, mas ninguém sabe dançar samba como uma brasileira, então ela me pediu algumas dicas ;) As aulas na escola têm sido muito melhores porque quero aproveitar muito meus amigos dinamarqueses, vou sentir saudades deles. Aqui no ginásio, temos um encontro semanal na hora do recreio onde o diretor fala com os alunos, as pessoas podem dar recados e cantamos uma música. Ao final desse encontro, o diretor chamou o Francisco e eu para ir a frente de toda escola, subir em uma cadeira e então ele nos agradeceu pelo ano e nos abraçou. Foi estranho olhar todos os meus amigos, aquela escola de tijolo a vista, o diretor de óculos redondos, todas as pessoas tão estilosas e loiras... Minha vida por um ano, minha rotina, todos que eu amo... E eu vou embora levando um abraço, a amizade de muitos e saudades.

A Cherry, minha amiga da Tailândia, veio passar uma noite aqui em casa. Ela me deu presentes da Tailândia e eu dei pra ela algumas lembrancinhas do Brasil. Fizemos pizza, assistimos filme com pipoca e negrinho... Adoro a Cherry, ela é uma amiga muito legal. No dia seguinte, fomos para a escola (ela foi visitar meu ginásio) e depois saimos com a Manisa e com o Francisco para tomar sorvete.

No final de semana, fomos eu, Francisco, Vaclav e Anne para århus em um festival de música na rua. Foi um máximo, encontramos os outros intercambistas, adoro fazer festa com os intercambsitas. Acabamos fazendo festa até às sete da manhã e voltamos para casa no primeiro trem. Hahaha Isso é muito normal aqui.

Passei a semana inteira doente, e nesse momento senti muitas saudades do Brasil. Mas, logo melhorei.

No outro final de semana, passei muito tempo com a Anne. Fomos visitar a amiga dela, Cristina, de bici sábado. Comemos bolo e conversamos muito. No dia seguinte, fui para a festa da Zuzi, uma menina da Hungria, em århus. A festa foi perfeita, amo todos os meus amigos intercambistas e me senti muito amada por eles também. Amo poder ser quem eu sou e falar com as pessoas e me sentir entendida por elas, isso sempre acontece nas festas com intercambistas. Ninguém julga ninguém, e dançamos e cantamos músicas de todos os países até às 5 da manhã! Mas, nessa festa, algo que eu não esperava aconteceu. Eu comecei a conversar com um amigo dinamarquês das minhas amigas intercambistas, e agora, 30 dias antes de voltar para o Brasil, tenho meu primeiro namoradinho dinamarquês! Hahahaha O nome dele é Jeppe, e não é nada sério, mas estamos saindo juntos e nos escrevendo todos os dias. Ele é muito fofo!

No dia seguinte, voltei de trem com o meu trio preferido no mundo: Vaclav e Francisco. Amo passar o tempo com eles, passamos muito tempo juntos sempre, sem fazer nada, só rir e conversar... Isso é amizade de verdade, sei que eles estão sempre presentes quando eu preciso.

Essa semana tenho passado muito tempo com minha irmã. E ontem, fui visitar o Vaclav em Tarm. Comemos pizza, fomos jogar tênis (eu sou muito ruim), desistimos e fomos tomar cerveja em um parque. Ficamos quatro horas no parque conversamos. Ele é o melhor amigo, contando meninos e meninas, que eu tenho na Dinamarca. E fiquei feliz quando ele disse que eu também sou a melhor amiga dele, eu sou a pessoa que ele mais gosta e confia na Dinamarca. Amo demais o Vaci, ele é um dos melhores amigos que já tive na vida. A minha saudades dele vai ser insuportável. L

Agora estou na escola escrevendo isso na aula de inglês porque já acabei o trabalho. Estou tendo os melhores dias da minha vida, nunca fui tão feliz. Entendo a língua sem nenhum esforço, dinamarquês ficou tão natural para mim. Desculpa escrever tão pouco, mas o tempo tá curto e eu preciso correr contra ele J

Vi ses!

Wednesday, May 18, 2011

Maj/ Maio

Tivemos a última festa do ginásio duas semanas atrás. Era uma festa a fantasia.
Semana passada foi cheia. Eu tive minha primeira aula de salsa e samba na Dinamarca! A professora era muito boa, mas o problema é que samba só se aprende sentindo, indo pro Brasil e, se possível, nascendo de novo no Rio de Janeiro hahahah. Acho que samba no pé é impossível ensinar. Depois, durante a semana fui pro ginásio e aproveitei cada segundo com meus amigos. A gente tem algo chamado Morgensamling toda a semana, e esse foi o último encontro na hora do recreio. O diretor chamou o Francisco e eu na frente de toda a escola, nos colocou em cima de uma cadeira e nos agradeceu por esse ano e nos abraçou, em frente de toda a escola. Me senti envergonhada e com uma vontade de chorar insuportável. Eu olhei o ginásio, quase minha casa por um ano, a escola mais legal que eu já estudei na vida, os professores, o diretor, todos são legais. Eu olhei os alunos, cada um com uma roupa mais original, todos sempre foram tão legais comigo, tenho tantos amigos de todas as séries que me conhecem e perguntam como estou e acreditam no meu dinamarques. Olhei minhas colegas sorrindo pra mim, eu pensei em todos os dias que eu passei com elas. Me senti deixando uma vida para trás, uma vida que eu não sei quando vou poder retornar. Olhei o Chico e senti que ele pensava o mesmo que eu. Foi ali que eu percebi que logo estarei dizendo tchau para a Dinamarca, e isso não vai ser tão fácil quanto eu imaginava.
Na quarta-feira a Cherry veio dormir aqui em casa! Foi muito divertido, fizemos pizza, pipoca, negrinho... Assistimos Sex and the City, bem programa de noite do pijama. Ela me deu uma camiseta da Tailândia e um brinco lindo e eu dei pra ela mil presentinhos do Brasil. Foi a primeira vez que troquei presentes com um intercambista, me senti meio triste, como se já fosse a hora de dizer adeus...
Bom, não lembro mais o que aconteceu esse mês, só sei que foi muito tumultuado... Amo minha vida dinamarquesa, nunca quero dizer adeus. Esse ano é simplesmente perfeito!

Wednesday, May 4, 2011

Billeder :)

Meus melhores amigos no mundo!
Tivoli!
Esbjerg com Vaci
Dario, Vaclav e eu na vila hippie

Nyhavn, meu lugar preferido para comer em copenhague :)
Torre de TV, Berlin
Memorial ao Holocausto
Brandenburg Gate