Vaci e Chico brincando de palminha
Vaclav em Varde
Aquário na legolândia com Søren, eu e Chico
Chico e eu na Legolândia, Nyhavn
Hermione (NZ), eu e carinha da polonia
Manisa, Non, Cherry e eu no deserto
Vaci jogando tênis
Bom, não sei bem o que escrevi ou não. Vou pela ordem de sentimentos. Teve um dia que eu estava passeando ao redor do fjord e me senti quando eu era uma criança e estava pesseando pela minha chácara nas minhas aventuras. Não é que fui parar em um lugar tão floresta e não sabia como sair e, de repente, ouvi um barulho e vi uma raposa entrando em sua toca muito rápida. Fui andando devagar, e deparei-me com os bebês raposa mais lindos e fofos. Eles estavam tão assustados. Mas, justo eu, a pessoa que mais ama a natureza no mundo, nunca faria nada a eles! E, saindo de lá, enxerguei o fjord de águas azuis e o céu rosado por causa do sol, e um bambi correndo nos campos. Senti uma felicidade tão pura, não importa onde eu estiver sei que vou ser feliz por saber que a vida é tão bela. E todos nós temos uma conexão com as pessoas que amamos, vou levar poucas pessoas desse intercâmbio para a vida toda, mas sei que, com essas pessoas, a minha conexão será eterna. Eu mudei a vida de muita gente aqui, e muita gente mudou a minha vida, o meu jeito de ver o mundo... E eu senti o poder da amizade e o poder de ter uma irmã de mentirinha que se tornou uma irmã de verdade!
Fatos importantes: sábado passado tivemos a viagem da AFS para Skagens com vários intercâmbistas. Fiz um amigo da Polônia e uma amiga da Nova Zelândia que se chama Hermione! Ela é muito doce, adorei ela! É estranho como intercambistas ficam amigos uns dos outros rapidamente. A viagem foi até a ponta norte da Dinamarca, um lugar onde o oceano atlântico e o mar do norte se encontram, e tem uma cidade com casinhas amarelas. Também fomos para o maior deserto da Dinamarca, um lugar com umas dunas gigantes, a paisagem era meio do filme Crepúsculo, mas era bonito demais. Também vimos um lago que era todo escuro e somente uma parte era verde água. Enfim, andamos embaixo de chuva e frio, vimos o que faltava ver da Dinamarca (agora já vi quase tudo :)) e conversamos muito com nossos amigos intercambistas sobre o nosso inetrcambio perfeito e como vamos sentir saudades. Cheguei em casa tarde e dormi. Dia seguinte fui para Legolândia com Francisco, a mãe dele e o Søren (meu colega dinamarques). A Legolândia é um máximo, parece um mini mundo mas muito melhor. Fomos na exposição sobre a Dinamarca e vários países do mundo, também vimos a exposição do Star Wars, andamos na montanha russa, o Chico e eu fomos em um robo que girava a gente de diversas maneiras dependendo do que a gente tinha programado em um chipe... Também fomos em um aquário no qual entrávamos dentro de um túnel e podiamos ver os peixes mais coloridos e de todos os tamanhos nadar em cima da gente! A mãe do chico fez sanduíche e fizemos um piquinique. Voltamos para casa encharcados de chuva, os dias estavam feios na Dk.
Terça foi meu último dia de aula, joguei baseball com as minhas colegas, elas estão muito queridas comigo. E aí me deu a depressão de estar no ginásio pela última vez. Mas não me despedi de ninguém, ainda temos a cerimônia de acabamento dia 24. Então foi um dia normal e depois fomos eu, Søren, Francisco e Manisa comer batata frita e sorvete.
Quinta-feira fomos eu, Vaci, Francisco e Søren para a última festa da AFS. Foi perfeita, maluca e eu amo todos os intercambistas e todos me amam! ahahah Sei que é exagero, mas é verdade, essa festa foi como um adeus e nós nos abrimos para os nossos amigos. Dia seguinte voltei para casa, dormi, jantei com a minha família e tive um ótimo dia com eles, comemos bolo e conversamos muito. Ontem, fui no cinema com o Vaci em Varde. Assistimos um filme de um diretor dinamarques mas famoso no mundo inteiro: Melancolia. E depois tomamos cerveja, comemos pizza e nachos. Eu amo o Vaclav, ele é maravilhoso, é um irmão. E então ele me disse que o mais difícil de dizer tchau na Dinamarca vai ser dizer tchau pra mim e pro Chico. E, eu sinto o mesmo, mas boto minha irmã como um plus. Cheguei na estação de trem e eu verifiquei os horários errado e minha família ficou muito braba comigo porque eu não tinha como voltar pra casa. Então dormi no vaci, ele foi um anjo, me esperou chegar na casa dele duas horas depois (o tempo que o taxi demorou pra me buscar), arrumou cama pra mim e me deu até escova de dentes. E hoje, acordamos tarde, tomamos café da manhã, cortei o cabelo dele e depois encontramos o Francisco em um parque, tomamos cerveja, comemos sorvete... Mas nada fazia o calor passar! :/ Cheguei em casa, depois de andar de bicicleta meia hora, morrendo de medo da reação dos meus pais. Mas eles sorriram muito felizes por me ver de volta em casa e foi quando eu percebi que eles são realmente minha família e por mais que eu faça coisas erradas eles me amam. Pedi mil desculpas e ele me explicaram que eu tenho que ser mais organizada. Mas, me sinto tão bem agora...
Eu tenho pensado muito na minha infância ultimamente, o sol me faz lembrar do Brasil, da casa de praia. O estranho é que eu nunca penso muito na minha casa, sempre que senti saudades do Brasil durante todo o meu intercâmbio, eu senti saudades da casa da praia. Eu também tenho pensado muito na minha vida aqui, é como se eu tivesse passado anos em uma outra vida e agora regressasse a original. Final de intercâmbio é mágico, feliz pois se aproveita cada minuto, triste pois se pensa na saudades... Enfim, é perturbador. Quero parar de pensar no como vai ser, na saudades que eu vou sentir, no como eu amo esse país, a minha liberdade, as pessoas... O como eu amo quem eu sou agora, e no que eu me transformei, nos desafios que eu superei, no tanto que eu aprendi...
Pois bem, meu intercâmbio valeu cada centavo, e vou levá-lo dentro de mim.
É isso aí por agora. Vou começar meu trabalho voluntário amanhã na Velling Friskole, um tipo especial de escola de ensino fundamental. Explico mais com o tempo.
Vi ses!
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